4 respostas que precisas de saber para evitar a lixívia nas tuas rotinas de limpeza
li·xí·vi·a
nome feminino
1. Solução alcalina, geralmente de carbonato de sódio ou de potássio, que se emprega para branquear a roupa. = BARRELA
2. Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador.
"lixívia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021,
Este produto de limpeza tão famoso e conhecido, não é um detergente, apesar do que se possa pensar! Na realidade, este produto é um poderoso desinfetante que parece limpar, devido ao seu forte poder oxidante, mas na verdade apenas oxida e branqueia a sujidade.
Não devemos usar regularmente este tipo de produto para limpeza, normalmente usada porque tem resultados eficazes, alta desinfeção e baixo custo, mas hoje em dia já temos alternativas.
Usar lixívia regularmente tem um impacto muito negativo não só para o meio ambiente, mas para a nossa saude, como já referimos anteriormente no nosso blog.
O que não misturar com lixívia?
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Combinações perigosas de lixívia
A lixivia já é perigosa por si só mas pode ainda ser mais perigosa ao fazermos combinações com outros compostos que provocam reações químicas tóxicas:
- Lixivia + amoníaco: Cria gás de cloramina que pode causar dificuldades respiratórias, dores no peito, dor de queimadura e irritação
- Lixivia + álcool isopropílico: Cria clorofórmio que pode causar tonturas, vómitos e danos na pele, olhos, sistema respiratório e sistema nervoso
- Lixivia + vinagre (lixivia + ácido): Cria gás de cloramina que pode causar dor de queimadura e irritação
Apenas algumas das combinações perigosas, o melhor será mesmo não misturar nenhum produto de limpeza com lixívia ou não usá-la..
Usar lixívia é perigoso para a saúde e ambiente?
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A lixívia é nociva
Irritação da pele e dos olhos: O contato da lixívia com a pele ou os olhos pode causar irritação, vermelhidão, coceira e até mesmo queimaduras químicas. Como a lixívia é uma solução altamente alcalina pode causar alguns danos aos tecidos vivos, incluindo a pele. Quando a lixívia entra em contacto com a pele ela pode reagir com os ácidos naturais que estão presentes na pele e formar uma reação quimica que resulta na irrtitação. Além disso a lixivia pode remover os óleos naturais da pele causando ressecamento e coceira.
Problemas respiratórios: Quando a lixívia é diluída em água ela liberta hipoclorito de sódio e gás cloro, que são bastante irrantantes para as vias respiratórias. A inalação destes vapores irrita o nariz, garganta e pulmões, causando tosse, falta de ar entre outros problemas respiratórios. Além disso a lixívia pode reagir com outros produtos químicos comuns, tais como ácidos, amoníaco e outros produtos, vão produzir vapores tóxicos ainda mais perigosos para a saúde respiratória. A mistura com o ácido muriático ( usado na limpeza das piscinas) pode libertar gás cloro altamente tóxico.
Reações alérgicas: Algumas pessoas podem ter reações alérgicas à lixívia, o que pode resultar em sintomas como erupções cutâneas, inchaço, dificuldade em respirar e até mesmo anafilaxia ( é uma emergência médica que requer tratamento médico imediato com epinefrina (adrenalina) injetável, que ajuda a abrir a vias respiratórias.
Danos aos tecidos e superfícies: A lixívia pode corroer ou até mesmo danificar tecidos e superfícies. Como é um produto altamente alcalino , quando aplicada em superfícies ela reage com com a gordura, óleo e outros resíduos . Como tem um pH elevado (varia entre o 11 e o 13) torna-se corrosivo e pode reagir com a água e corroer a superfície ou até mesmo danificá-la para sempre. Normalmente o vidro e o metal são os que resistem melhor à corrosão do que a madeira e os tecidos. Contudo mesmo os materiais mais resistentes podem ser danificados se forem expostos a lixívia por um período prolongado.
O impacto ambiental
O hipoclorito de sódio é uma substância química que é tóxica para a vida aquática quando largada no meio ambiente. Além disso, o fabrico de lixívia produz emissões de gases do efeito estufa o que contribuiu para as mudanças climáticas.
O processo de fabrico da lixívia envolve a reação do cloro gasoso com o Hidróxido de sódio durante esta reação são libertados gases de cloro e hidrogénio que são altamente reativos e podem contribuir para a formação do dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa.
Como substituir lixívia?
Alternativas à lixívia Inokem
Eco Glass - Limpa vidros e paredes 1L - Eco Glass (remove bolores e calcários)
Acha que só a lixívia retira os bolores? Desengane-se! Esta solução contém tensoativos biodegradáveis, não danifica o vidro, o alumínio, os plásticos e paredes com tintas laváveis, contendo tensoativos especiais, penetrantes, que eliminam a sujidade em profundidade, assim como o calcário e bolores de paredes e vidros.
Acticlor - Pastilhas efervescentes de dicloroisocianurato de sódio, como uma lixívia mas sem cheiro.
Para quem se recusa a largar a lixívia, opte por uma solução mais segura como este poderoso desinfetante universal clorado de larga ação bactericida e fungicida, eficaz e recomendado também para as superfícies alimentares, até mesmo para desinfecção de hortofrutícolas. Continua a ter os mesmos cuidados da lixívia, contudo por ser um composto mais seguro, nao liberta cheiro na utilização recomendada, mas implica que continue a não misturar com outros produtos e que o utilize SEMPRE com luvas e em espaços arejados.
Conheça aqui todos os nossos produtos alternativos à lixívia.
Onde nunca deve aplicar lixívia?
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Não laves com lixívia superfícies ou objetos de granito ou mármore.
Não apenas são pedras porosas que absorvem a lixívia, como a sua composição pode ser corrompida pela composição química da lixívia. O resultado são manchas, marcas e alterações de cor irreparáveis. Há produtos de limpeza eficazes e especificamente concebidos para a limpeza, desinfeção e tratamento de pedras como por exemplo o BIO CLEAN.
Nem sequer coloques a garrafa de lixívia sobre bancadas, superfícies ou chão de pedra, pois basta que o fundo esteja humedecido com o produto para que deixe mancha.
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Não deixes que a lixívia entre em contacto com madeira
A madeira é uma matéria viva, porosa e absorvente. Aplicar lixívia sobre qualquer tipo de madeira resultará em manchas, descoloração, empenamento e deformação, podendo os danos ser irremediáveis. Além de que a lixívia não resolve os problemas que possam estar a afetar a madeira. Deves usar produtos específicos para o tratamento de doenças da madeira, a sua limpeza, hidratação e manutenção como por exemplo o BIO CLEAN ou CER CLEAN
Assim, mantém a lixívia sempre longe das suas tábuas de corte, cabos de facas, bancadas, tampos de mesa ou qualquer outro objeto ou superfície de madeira.
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Não utilizes lixívia para limpar metais
Metais mais nobres e sensíveis como o cobre ou o latão, ou mesmo o resistente aço inoxidável podem sofrer descoloração e danos graves sob o efeito corrosivo que a lixívia tem sobre ligas metálicas.
Afaste a lixívia de tachos e panelas, faqueiros e restantes talheres e praticamente quase todos os equipamentos de uma cozinha.
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Não apliques lixívia diretamente sobre tecidos
Quando utilizada para fins branqueadores, a lixívia deve igualmente ser diluída e usada com moderação, já que pode descolorar irremediavelmente as fibras têxteis de cor, amarelecer as brancas e comprometer a resistência das fibras. Deve usar, ao invés da lixívia, o nosso BIOMACH SUPER, detergente bio enzimático que revitaliza os brancos sem os danificar, porque são as enzimas que vão no interior das fibras e executam as limpeza.
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Não uses lixívia para desentupir canalizações de fossas sépticas
Uma recomendação particularmente importante para quem tem fossa séptica, já que a lixívia matará todas as bactérias, incluindo as benéficas, ou seja, aquelas que têm como missão decompor os detritos sépticos. Existem soluções próprias para limpeza, desinfeção e eliminação de odores apropriados para estes casos, como por exemplo o nosso KEMZIME que é um produto biológico de anti-entupimento para esgotos e fossas sépticas .